A nova atração é parte
do Museu do Tempo que o Observatório Astronômico de Piracicaba/SP, órgão da
Secretaria Municipal de Educação, estará oferecendo às escolas a partir de
agosto.
Segundo o astrônomo Nelson Travnik, autor do projeto e
construção, a idéia de um relógio do Sol com um canhão que dispara quando o Sol
cruza o meridiano local, surgiu de uma visita feita ao Observatório de Paris em
2011. O projeto de fazer um semelhante afim de testar seu funcionamento,
enriquecer o acervo do Observatório e propiciar mais uma atração nas visitas
escolares, foi concretizado com sucesso. O primeiro modelo desse relógio foi
feito na França por volta de 1800. Quando orientado corretamente, o canhão
disparava ao meio dia. Segundo Travnik, a maior dificuldade encontrada foi o
canhão modelo antigo, contornada contudo por uma doação do seu colega de São
Paulo, Luigino Drioli. O trabalho de gravação foi executado em Americana por Valdemar G. Terra Neto. O Observatório soma
agora cinco relógios do Sol, cada um de um tipo diferente.
LABORATÓRIO A
CÉU ABERTO
Pela
gama de conhecimentos que proporciona, são até hoje largamente utilizados nas
visitas aos observatórios e planetários. Sua beleza estética, interesse, curiosidade
que desperta nas pessoas e o valor pedagógico é inquestionável. Algumas escolas
os possuem em suas unidades bem como estão presentes em praças, jardins e até
em paredes de prédios e igrejas como vistos principalmente na Europa. Ele é a mais antiga ferramenta do homem para
medir o tempo, estabelecendo um calendário que permitiu conhecer as
épocas das estações do ano, imprescindível mesmo à sua sobrevivência nas
latitudes elevadas. No Brasil o relógio do Sol mais antigo está na igreja de
São Francisco Xavier,em Niterói, RJ, fundada em 1572 pelo padre jesuíta José de
Anchieta.
MEDIR O
TEMPO , UMA ETERNA PREOCUPAÇÃO
Impossibilitado de marcas as horas quando não havia
Sol, surgem então os relógios de água, Clepsidra e os de areia, Ampulheta. Ninguém
sabe exatamente quando surgiu o relógio mecânico e nem quem foi seu criador,
mas é certo de que ele data do inicio do século XIV. O relógio de pendulo a
partir de 1656, criado pelo astrônomo holandês Christiaan Huyghens (1629-1695),
introduziu uma grande precisão nas medições do tempo. A seguir graças ao
cronômetro de John Harrison (1693-1776), acertado com o meridiano de Greenwich
(Londres), é que foi possível resolver o grande problema das navegações com a
determinação das longitudes. Sempre na procura da precisão, aparecem os
relógios digitais e a seguir os atômicos com uma precisão de tempo que chega ao
nanosegundo ou seja, o milésimo do milionésimo de segundo e que funcionam com
base na mecânica quântica. Graças a ele, largamente utilizados nas missões
espaciais e em cálculos relativísticos, foi possível determinar que a Terra
está mais lenta um segundo por ano. Anualmente
é feito um acerto entre a hora
atômica e a hora astronômica. Em nosso País, a Hora Legal Brasileira é
determinada por relógios atômicos instalados na Sala da Hora do Observatório
Nacional do Rio de Janeiro/CNPq – MST. Quem
quiser saber a hora, com precisão, é só ligar para o Serviço da Hora: (21) 2580.6037.
RELÓGIO DO
SOL COM UM
CANHÃO !
Ele
dispara quando o Sol cruza o meridiano local. A partir de agosto, as escolas
que visitam o Observatório Astronômico de Piracicaba, SP, contarão com mais
essa atração que é parte do Museu do Tempo que soma agora cinco relógios do
Sol. O novo relógio foi extraído de uma fotografia que vi no Observatório de
Paris em 2011. O primeiro modelo foi feito na França em 1800. A dificuldade
maior foi encontrar um canhão modelo antigo, contornada contudo com a doação do
meu colega de São Paulo, Luigino Drioli. O trabalho de gravação foi executado
pelo amigo de Americana, Valdemar G. T. Neto.
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