Imagem extraída do do link http://www.com.ufv.br/caixapreta/universitarios-tem-religiao/ |
Nelson Travnik
nelson-travnik@hotmail.com
Na história do planeta, a ânsia de milhões de pessoas tem se debruçado sobre os mistérios da mente e da natureza no afã de buscar respostas para essas instigantes questões.
Apesar da rejeição de certas crenças, quer queira quer não, a evolução está comprovada cientificamente. Quando Charles Darwin (1809-1882) escreveu em “A Origem das Espécies” ao mesmo tempo que seu colega Alfred Russel Wallace que ‘somos descendentes de vermes e moluscos’, a comunidade científica e o clero estremeceram. A teoria evolucionista afrontava a Bíblia. Darwin e Wallace tinham chegado em suas pesquisas a ação da seleção natural na origem das espécies, ponto fundamental da teoria da evolução. Ainda hoje a idéia de que o homem possui forte parentesco com os primatas – eles possuem 48 cromossomos, dois a mais que o homem – continua provocando polêmicas e inaceitável para algumas crenças e muitas escolas nos Estados Unidos que não aceitam incluir na grade curricular o estudo da teoria evolucionista. Apegadas ao criacionismo, entram em confronto direto com a paleontologia. Os museus de história natural estão exibindo pois uma mentira. A idéia de um primata meio-homem e meio-chipanzé, passando daí para o homem, foi uma evolução lenta e progressiva no campo genético que demandou cerca de 3,5 milhões de anos pois a natureza não dá saltos. O que a ciência investiga é quando e como teria ocorrido a mutação genética nos nossos parentes mais próximos. Um longo e lento processo do homo habilis, ao homo erectus e desse ao homo sapiens que somos nós. Recuando mais no tempo, atualmente os cientistas concordam que somos subproduto acidental feitos de água, de terra, de ar , da luz e de outros elementos forjados no interior de uma estrela, o Sol. As novas revelações astronômicas e bioquímicas fixam fortemente a crença na ocorrência da vida na amplidão cósmica. .
Apesar da rejeição de certas crenças, quer queira quer não, a evolução está comprovada cientificamente. Quando Charles Darwin (1809-1882) escreveu em “A Origem das Espécies” ao mesmo tempo que seu colega Alfred Russel Wallace que ‘somos descendentes de vermes e moluscos’, a comunidade científica e o clero estremeceram. A teoria evolucionista afrontava a Bíblia. Darwin e Wallace tinham chegado em suas pesquisas a ação da seleção natural na origem das espécies, ponto fundamental da teoria da evolução. Ainda hoje a idéia de que o homem possui forte parentesco com os primatas – eles possuem 48 cromossomos, dois a mais que o homem – continua provocando polêmicas e inaceitável para algumas crenças e muitas escolas nos Estados Unidos que não aceitam incluir na grade curricular o estudo da teoria evolucionista. Apegadas ao criacionismo, entram em confronto direto com a paleontologia. Os museus de história natural estão exibindo pois uma mentira. A idéia de um primata meio-homem e meio-chipanzé, passando daí para o homem, foi uma evolução lenta e progressiva no campo genético que demandou cerca de 3,5 milhões de anos pois a natureza não dá saltos. O que a ciência investiga é quando e como teria ocorrido a mutação genética nos nossos parentes mais próximos. Um longo e lento processo do homo habilis, ao homo erectus e desse ao homo sapiens que somos nós. Recuando mais no tempo, atualmente os cientistas concordam que somos subproduto acidental feitos de água, de terra, de ar , da luz e de outros elementos forjados no interior de uma estrela, o Sol. As novas revelações astronômicas e bioquímicas fixam fortemente a crença na ocorrência da vida na amplidão cósmica. .
A TERRA EM UM ESPAÇO TURBULENTO
Ao contrário de muitas espécies que desapareceram, o
homem conseguiu sobreviver em um planeta palco de violentas mudanças climáticas
e toda espécie de doenças, cataclismos e destruições. Vestígios estão em toda
parte. Já experimentamos cinco extinções em massa. A última há 65 milhões de
anos dizimou 80% da vida e nesse ‘pacote’ lá se foram os dinossauros. Se o
homem estivesse presente nessa época longínqua, talvez você não estaria lendo
esse artigo. Azar deles, sorte nossa. Na escala geológica do tempo, estamos
aqui em um período infinitesimal pequeno. Infelizmente violentas mudanças
geológicas, geofísicas, climáticas e contínua agressão a natureza, indica que estamos apressando a
ocorrência de eventos que irão ceifar a vida de milhões de pessoas. Da Terra para o céu, ao contrário da
antiga concepção de um universo tranqüilo e de ‘paz celestial’, os modernos
meios de investigação astronômica tem mostrado um cosmo extremamente violento.
Colisões de asteroides e cometas em planetas, explosões de estrelas super e
hipernovas aniquilando tudo ao seu redor com radiação X e
gama, buracos negros promovendo um canibalismo cósmico a quem se atrever se
aproximar deles e colisão de galáxias, este é o universo que a astronomia nos
mostra atualmente. Estamos pois indefesos expostos a eventos cósmicos capazes
de, a qualquer momento, varrer a vida no planeta. Simplesmente estamos
deslocados a um canto de uma galáxia espiral, invisíveis a partir do núcleo
central, em torno do qual giram bilhões de estrelas, muitas das quais com
planetas ao seu redor e com suas humanidades que podem pensar também que são
senhores da criação e donos da verdade.
OS GRANDES DESAFIOS DA MENTE
A ciência nos aproxima da natureza, dos mistérios
insondáveis do cosmo e nos transporta a uma percepção do mundo que pode ser
também profundamente espiritual. Albert Einstein (1879-1955) justificava sua devoção a ciência
como ‘sentimento religioso cósmico’. Numa contemplação retrospectiva utilizando
o raciocínio e a razão, poderíamos concluir que a fé obrigatoriamente necessita
estar condizente com nossa existência desde as cavernas ao homem espacial. Fé e
ciência caminhando juntas. Obviamente nesse pensamento não estão incluídos
aqueles que acreditam simplesmente que tudo é parte de uma evolução da matéria
e que não existe nada além disso. Darwin pensava assim numa ampla idéia de um
determinismo genético. Wallace ao contrário, buscou uma explicação para
satisfazer sua espiritualidade. Procurou conhecer antigas filosofias orientais
e os recentes estudos e descobertas feitas pelo ilustre cientista e pedagogo,
Hippolyte Léon Denizard Rivail- Allan Kardec. Abraçou a idéia de uma evolução
também espiritual. Evolução é vida e seria também espiritual para explicar as
enormes diferenças sociais, culturais e ações dos seres humanos. Da Terra para
o céu, as extraordinárias descobertas de planetas orbitando outras estrelas,
confirmando a escola de Epícuro (341 -271 a.C.), o poeta romano Titus C.
Lucretio (97 -55 a.C.), o astrônomo e filósofo italiano Giordano Bruno (1548-1600),
o escritor francês Bernard Le Bovier de Fontenelle (1657-1757 e mais
recentemente o astrônomo francês Camille Flammarion (1842-1925) de que existem
infinitos mundos habitados, atualmente ninguém mais duvida disso. Os cientistas
acreditam que podem haver civilizações lá fora e quando chegar aos nossos
potentes radiotelescópios aquela tão aguardada mensagem : também estamos aqui !
surgirá uma nova era para a humanidade que irá deitar abaixo a crença milenar
de que somos seres de uma civilização especial, donos da verdade, centro da
criação e eleitos de Deus. A astronomia nos mostra que somos engrenagens
microscópicas, um grão de poeira em um vasto universo que existe há bilhões de
anos antes do aparecimento do Sol, da Terra e dos humanos e que ele seguirá
adiante muito bem sem nós. O universo é um celeiro de vida. Indiferente aos anseios e ambições humanas,
está pouco se importando com nosso planeta, nossa existência, nossas
conquistas, nossas crenças e nosso futuro. E muito menos com aqueles que crêem
que Josué parou o Sol ! A origem das origens está além da astronomia e talvez
além da filosofia no reino do que é para nós, o Incognoscível.
O autor é astrônomo e Membro Titular da Sociedade
Astronômica da França.
Nenhum comentário:
Postar um comentário